Materno-Infantil de Ilhéus chega a 130 municípios baianos e à população oriunda de outros 13 estados atendidos em 2024.

Projetado pelo Governo da Bahia para atender a gestantes, puérperas, bebês e crianças de 20 municípios das regiões de Ilhéus e Valença, no baixo-sul da Bahia, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, no sul do estado, fechou o ano de 2024 com atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS) à população de 130 dos 417 municípios baianos. O aumento é de 15% em relação ao ano de 2023, quando a população de 113 municípios baianos contou com o serviço da unidade.

O HMIJS também registrou crescimento no número de pacientes oriundos de outros estados brasileiros atendidos na unidade. Em 2024, foram representações de 13 estados mais o Distrito Federal, três a mais que o ano anterior, o que revela um crescimento de 21 por cento no âmbito do território nacional.

*Distâncias que salvam vidas*

De acordo com o levantamento feito pela coordenação dos Indicadores de Saúde do hospital, o município mais distante a ter um morador consultado em Ilhéus foi Luís Eduardo Magalhães, uma distância aproximada de 1.050 quilômetros. Ji-Paraná, em Rondônia, a mais de 2.500 quilômetros de Ilhéus, é o município de outro estado, mais distante do hospital e que teve atendimento na unidade baiana.

A diretora-geral do HMIJS, Domilene Borges, atribui essa expansão ao fato de o sul da Bahia ser uma região turística. Parte deste público atendido, reconhece a dirigente, é a população flutuante que visita o sul da Bahia em diversos períodos do ano e que termina por utilizar o Sistema Único de Saúde cuja validade é em todo o território nacional. Mas não é só isso, relata a diretora. “Nesta última terça-feira, por exemplo, tivemos a visita de um casal de Natal, no Rio Grande do Norte, que optou pelo parto do filho aqui em nossa unidade. Eles vieram conhecer o hospital e elogiaram a estrutura da qual já tinham ouvido falar”, informou.

*Referência*

Administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família, o Hospital Materno-Infantil é referência de qualidade na região. Idealizado pela Secretaria Estadual da Saúde, foi inaugurado pelo Governo do Estado em dezembro de 2021. Em pouco mais de três anos de funcionamento, já registrou o nascimento de mais de 9 mil e 300 bebês. É, também, o único hospital da Bahia habilitado pelo Ministério da Saúde para atendimento especializado aos Povos Indígenas.

O HMIJS tem porta aberta de maternidade, leitos de UTI neonatal e semi-intensivo, leitos de canguru e centro de parto normal. Já unidade pediátrica consta de 23 leitos e mais 10 leitos de UTI pediátrica, que são 100% regulados. Além da realização de partos e da internação, o hospital oferta atendimento ambulatorial especializado em pré-natal de alto risco, consultas especializadas em obstetrícia, cardiologia, enfermagem, nutrição e psicologia. A unidade funciona também como um polo de desenvolvimento de ensino, reunindo formação acadêmica, pesquisa e produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde.

Comente primeiro

Programa Estadual de Rastreamento do Câncer de Mama realiza 82 mil atendimentos no interior da Bahia.

Leonardo Rattes – Ascom/Sesab

Com meta de realizar mais de 82 mil atendimentos até o início de abril, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) dá prosseguimento ao Programa Estadual de Rastreamento do Câncer de Mama, passando nesta etapa, iniciada em novembro de 2024, por um total de 64 municípios no Centro Norte, Centro Leste e Sul da Bahia, macrorregiões de saúde de Serrinha, Jacobina e Jequié.

O programa itinerante amplia a possibilidade de mulheres de 50 a 69 anos realizarem mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), visando à prevenção, a detecção precoce e o tratamento da doença em todo o estado da Bahia. Atualmente, estão em atividade 6 unidades móveis, em 6 rotas simultâneas. Cada veículo conta com dois mamógrafos, com capacidade de atendimento de 140 exames por dia.

Foto: Leonardo Rattes – Ascom/Sesab

Nos dois últimos anos, o programa realizou 277.156 atendimentos, com 116.089 em 2023, percorrendo 122 municípios, e 161.067 em 2024, passando por 147 cidades da Bahia. Referência nacional, nos últimos 10 anos o programa chegou aos 417 municípios do estado, ultrapassando a marca de mais 3,3 milhões de mamografias.

“Quando conseguimos fazer um diagnóstico precoce do câncer de mama, a gente chega a uma possibilidade de cura de até 95%, refletindo diretamente na taxa de sobrevivência. O crescimento da rede de assistência oncológica alinhada à boa cobertura da mamografia de rastreio de câncer de mama é muito importante para aumentar o sucesso no tratamento e reduzir a mortalidade pela doença. Quando ofertamos a assistência na região do paciente, a adesão ao tratamento é muito melhor”, avalia a secretária de saúde Roberta Santana.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. É uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama, por isso a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a características próprias de cada tumor.

Múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia do câncer de mama, como explicam os especialistas do Inca, entre eles estão: idade da primeira menstruação (menor do que 12 anos); menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos (nuliparidade); primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo e predisposição genética.

Foto: Leonardo Rattes – Ascom/Sesab

Atualmente os médicos recomendam a identificação da doença em estágios iniciais por intermédio das estratégias de detecção precoce, pautadas nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce. A mamografia bienal para as mulheres na faixa etária estabelecida é a estratégia de rastreio indicada, enquanto o diagnóstico precoce é formado pelo tripé: população alerta para os sinais e sintomas suspeitos; profissionais de saúde capacitados para avaliar os casos suspeitos; e sistemas e serviços de saúde preparados para garantir a confirmação diagnóstica oportuna e com qualidade.

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

Cronograma

ÁGUA FRIA – 17/03 a 26/03
AIQUARA – 17/02 a 19/02
APUAREMA – 24/03 a 27/03
ARACI – 06/03 a 22/03/2025
BARRA DO ROCHA – 13/03 a 17/03
BARROCAS – 28/03 a 04/04
BOA NOVA – 14/03 a 22/03
BREJÕES – 04/04 a 12/04
CONCEIÇÃO DO COITÉ – 24/02 a 15/03
CRAVOLÂNDIA – 24/02 a 26/02
DÁRIO MEIRA – 24/03 a 29/03
IBIRATAIA – 17/02 a 11/03
IPIAÚ – 30/01 a 15/02
IRAJUBA – 17/03 a 20/03
IRAMAIA – 22/03 a 28/03
ITAGI – 13/03 a 21/03
ITAGIBÁ – 31/03 a 09/042025
ITAMARI – 19/03 a 22/03
ITAQUARA – 18/02 a 22/02
ITIRUÇU – 28/03 a 04/04
JACOBINA – 30/01 a 15/02
JAGUAQUARA – 31/01 a 17/02
JEQUIÉ – 03/02 a 19/02
JITAÚNA – 20/02 a 11/03
LAFAIETE COUTINHO – 24/03 a 26/03
LAJEDO DO TABOCAL – 29/03 a 03/04
MANOEL VITORINO – 21/02 a 12/03
MARACÁS – 10/03 a 26/03
NOVA ITARANA – 22/02 a 26/02
QUIJINGUE – 24/01 a 08/02
PLANALTINO – 28/03 a 02/04
RETIROLÂNDIA – 17/02 a 22/02
SANTA INÊS – 10/03 a 15/03
SÃO DOMINGOS – 10/02 a 15/02j
SERROLÂNDIA – 24/01 a 01/02
TEOFILÂNDIA – 24/03 a 04/04v
TUCANO – 10/02 a 26/02
UMBURANAS – 03/02 a 11/02
VALENTE – 24/01 a 08/02

Fonte: Ascom/Sesab

Comente primeiro

Hospital Regional Costa do Cacau realiza primeira captação de múltiplos órgãos de 2025.

O Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, realizou a sua primeira captação de órgãos de 2025, na noite desta quarta-feira (29). O procedimento ocorreu no Centro Cirúrgico (CC) e contou com profissionais da Central Estadual de Transplantes da Bahia (CET-BA), Organização de Procura de Órgãos do Sul da Bahia (OPO Sul) e da equipe multidisciplinar da própria unidade.

Naama Ramos e Silva, enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HRCC, destaca que este ano as captações ocorreram logo no primeiro mês do ano. “Iniciamos recebendo o sim de cinco famílias para doação de córneas e fechando o mês com uma doação de múltiplos órgãos. Assim, demonstrando a efetividade da equipe com o cuidado ao potencial doador, a efetividade do acolhimento, ajudando a família no processo de enfrentamento do luto, contribuindo para o desfecho de tal realidade”. Declarou.

A enfermeira espera que o trabalho continue com êxito nos protocolos de captação de órgãos. “Estamos com as nossas equipes bem entrosadas para alcançarmos os nossos objetivos. Além disso, cada procedimento que realizamos aqui, ajuda a diminuir a fila de espera por transplante e tenho certeza de que isso vai transformar a vida de muitas pessoas e de suas famílias.”, destacou.

*Homenagem e agradecimento* – Pela primeira vez, o HRCC adotou a prática de formar um corredor humano, conhecido também como corredor de aplausos para homenagear o doador de órgãos. “Ver nossos profissionais formando um corredor e aplaudindo o doador, em menção honrosa, demonstra que este gesto eternizou a essência humana e manteve acessa a chama da vida”, concluiu Naama Ramos e Silva.

Comente primeiro

Bahia projeta avanços na saúde pública para 2025 com novos hospitais e fortalecimento da atenção primária.

Fotos: Jamile Amine- Ascom/Sesab

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) apresentou um balanço das ações realizadas nos últimos dois anos e projetou avanços para 2025, consolidando investimentos que ultrapassam R$ 21 bilhões no setor. A ampliação da rede hospitalar, o fortalecimento da atenção primária e a modernização da gestão da saúde estão entre as prioridades do governo estadual, conforme apresentado durante o Encontro de Prefeitos e Prefeitas, realizado pela União dos Prefeitos da Bahia (UPB), no Centro de Convenções de Salvador, nesta quarta-feira (29).

Em meio aos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS), a secretária da Saúde, Roberta Santana, destacou a importância do trabalho conjunto com os municípios para garantir atendimento de qualidade à população. “A Bahia tem avançado de forma significativa, mas sabemos que ainda há muito a ser feito. Estamos investindo na descentralização do atendimento, garantindo que os serviços de saúde cheguem a quem mais precisa, com mais hospitais, policlínicas e reforço na atenção primária”, afirmou.

Fotos: Jamile Amine- Ascom/Sesab

Entre os destaques da gestão estadual está a entrega de seis novos hospitais, além da ampliação de unidades já existentes. Em Feira de Santana, o Hospital Geral Clériston Andrade recebeu 48 novos leitos, enquanto em Juazeiro foram inaugurados 178. O governo também avançou na implantação do Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, e do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, em Salvador.

Para 2025, o governo projeta novas entregas, incluindo o Hospital Regional de Jacobina, o Hospital Regional de Alagoinhas e o Hospital Regional do Velho Chico, em Ibotirama. Além disso, a rede de maternidades será reforçada com novas unidades em Amargosa, Valença e Serrinha, todas equipadas com centros de parto normal e leitos de UTI neonatal.

Fotos: Jamile Amine- Ascom/Sesab

Atenção primária e novos programas de saúde

Outro ponto central do planejamento estadual é a expansão da atenção primária, com a construção de 42 novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 38 UBS indígenas.

A modernização dos serviços também está na pauta do governo. O programa SUS Digital consolidará o investimento de R$ 50 milhões na implantação do prontuário eletrônico e integração das informações dos pacientes em toda a rede pública de saúde. Além disso, o estado ampliará o suporte a pacientes com doenças crônicas, reforçando o Programa Mais Acesso a Especialistas.

O Governo do Estado reforçará a estratégia de rastreamento do câncer de mama, ampliando a realização de mamografias em municípios de menor cobertura.

O fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial também está entre as prioridades, com a construção de 27 novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 4 Unidades de Acolhimento. Já o atendimento às pessoas com deficiência será expandido com 17 novos Centros Especializados em Reabilitação (CER) e uma oficina ortopédica.

Fotos: Jamile Amine- Ascom/Sesab

Parceria com os municípios

O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Silva Tigre (Quinho), ressaltou a importância da parceria entre estado e municípios para garantir melhorias na saúde. “Os prefeitos têm papel essencial na implementação dessas políticas, e o apoio do governo estadual, tanto na infraestrutura quanto no financiamento, é fundamental para que possamos oferecer um SUS mais eficiente e humanizado”, destacou.

A secretária Roberta Santana reforçou que o planejamento para 2025 segue alinhado com as necessidades dos municípios e a construção de uma rede de saúde mais integrada. “Nosso compromisso é seguir avançando, com investimentos estratégicos e ações que impactam diretamente a vida das pessoas. Estamos construindo uma Bahia mais saudável e com mais acesso à saúde de qualidade”, concluiu.

Com um pacote de investimentos robusto e um planejamento que abrange desde a atenção primária até a alta complexidade, a Bahia consolida sua estratégia para garantir um sistema de saúde mais eficiente e acessível para toda a população.

Fonte: Ascom/Sesab

Comente primeiro

Unidade Básica de Saúde do Vilela terá atendimento até às 22 horas.

A Unidade Básica de Saúde Euler Ázaro, no bairro Teotônio Vilela, passará a atender até às 22 horas. O anúncio foi feito pelo Prefeito de Ilhéus, Valderico Junior, e pela Secretária de Saúde, Sonilda Mello, nesta terça-feira (28), com objetivo de ampliar e melhorar a assistência à população.

“Nosso compromisso é proporcionar atendimento médico 24 horas no Vilela, mas enquanto seguimos trabalhando para viabilizá-lo, estendemos o atendimento até às dez da noite”, destaca o prefeito.

A secretária Sonilda Mello comemorou a ampliação e afirmou que novos serviços serão realizados: “Mais coisas boas virão! Vamos colocar dentista, fisioterapeuta e, em breve, teremos Pronto Atendimento 24 horas”.

A iniciativa reflete os esforços da Prefeitura de Ilhéus, junto a Secretária de Saúde, para garantir ações que atendam às necessidades da população e melhorem a qualidade de vida.

Comente primeiro

Indígena com maior prematuridade da história do HMIJS deixa UTI Neonatal 71 dias após nascimento.

Foram 71 dias de situações e de momentos delicados, de uma verdadeira maratona pela vida. Neste período, os pais não se ausentaram um só minuto do hospital e os profissionais que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não mediram esforços para vencer o desafio da prematuridade. Na retaguarda, a equipe de terapeutas ocupacionais e de psicólogos ajudou no bem-estar emocional da família. Mas chegou a hora de virar a página desta história.

Nesta segunda-feira (27), finalmente, foi possível comemorar uma importante vitória: o indígena com maior prematuridade já registrado desde a inauguração do Hospital Materno-Infantil foi transferido para um dos leitos da UTI Intermediária, onde são realizados tratamentos semi-intensivos a pacientes com risco moderado. O quadro do paciente ainda inspira cuidados. Mas o pior já passou.

Haynaruá Rudá nasceu no dia 16 de novembro do ano passado, pesando apenas 980 gramas e com 37 centímetros. Filho de pai Pataxó e de mãe Tupinambá de Olivença, o parto natural ocorreu no primeiro dia da 26ª semana de gestação. O nome escolhido traz a força da história de um povo e o amor que une duas representativas etnias da história do Brasil. Haynaruá, vem do Patxohã, a língua dos Pataxó, da região de Porto Seguro e significa “Nasceu caçador”. Rudá, de origem tupi, língua dos Tupinambá, traduz a “Divindade do Amor”.

Força e fé

Os últimos meses têm sido de muitas orações. Rituais com lideranças indígenas Tupinambá – respeitando as tradições culturais dos dois povos – aconteceram no leito onde a mãe, Laís Eduarda, se recuperou nos primeiros dias do parto; e seguem, como uma rotina, na área verde do hospital. Não é diferente na aldeia Itapuã, onde vivem, e ela é professora na escola da localidade. A comunidade se reúne tradicionalmente todas as sextas-feiras para o Porancy (ritual sagrado), agora com mais um pedido aos que eles definem como “encantados” pela franca recuperação do curumim.

Com a ida de Haynaruá Rudá para a UTI Intermediária, diminuiu o caminho para a alta hospitalar. O próximo – e decisivo – passo será a Unidade Canguru. Mas ainda sem prazo para isso acontecer.

SUS para todos

O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio é a única unidade hospitalar da Bahia habilitada pelo Ministério da Saúde para atendimento aos Povos Indígenas. Para ter esta aprovação, o Materno-Infantil colocou em prática diretrizes gerais que norteiam o programa, que vão desde a melhoria no acesso das populações indígenas ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; e ajuste de dietas hospitalares considerando os hábitos alimentares de cada etnia. A iniciativa conta ainda com o acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas e demais usuários do SUS, considerando a vulnerabilidade sociocultural e epidemiológica de alguns grupos.

Também estão previstos fluxo de comunicação entre o serviço especializado e a Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena, por meio das Casas de Saúde Indígena (CASAI) e a qualificação dos profissionais que atuam nos estabelecimentos que prestam assistência aos povos indígenas quanto a temas como interculturalidade.

O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio é a primeira maternidade 100% SUS da região sul do Estado. Foi construído pelo Governo da Bahia e entregue em dezembro de 2021. É administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS) e possui 105 leitos para obstetrícia, partos normal e de alto risco, pediatria clínica, UTIs pediátrica e Neonatal. Nestes três anos de funcionamento registrou a marca de mais de nove mil bebês nascidos na unidade. Destes, 385 foram indígenas.

Comente primeiro

Hospital Vida, gerido pelo Instituto Sagrado Coração de Jesus, realiza cirurgias eletivas em Ilhéus (BA) com foco na redução de filas e humanização do atendimento.

O Hospital Vida deu início, neste dia 13/01/2025, à realização de cirurgias eletivas em pacientes cadastrados no sistema de regulação do Estado da Bahia, por meio da Lista Única do SUS.

Nesta etapa, foram contemplados procedimentos de Hernioplastia Inguinal e Hernioplastia Umbilical, beneficiando dezenas de cidadãos que aguardavam pelo procedimento e contribuindo para a redução da fila de espera na região.

A Lista Única do SUS, criada pelo Governo da Bahia, organiza de forma centralizada o acesso a cirurgias eletivas, direcionando os pacientes para unidades de saúde com menor tempo de espera. Dessa forma, o Hospital Vida consolida-se como importante parceiro na estratégia estadual de melhoria do atendimento, oferecendo uma estrutura de leitos de UTI, leito enfermaria adulto e pediátrico, equipes médicas experientes e instalações modernas para garantir segurança e bem-estar a todos os pacientes.

Para os próximos meses, o Hospital Vida prevê ampliar o número de cirurgias, preparando-se para futuros mutirões voltados a procedimentos eletivos. O objetivo é atender um volume ainda maior de pacientes, promovendo o alívio da demanda reprimida e fortalecendo a rede de assistência em saúde na região.

ASCOM Institiuto Sagrado Coração de Jesus

Comente primeiro

Planserv anuncia que não há limites para os atendimentos de urgência e emergência.

Foto:Feija?o Almeida/GOVBA

Nesta segunda-feira (27), a coordenação-geral do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv) esclareceu que não há teto orçamentário que limite os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais que atendem à rede credenciada para os servidores.

Isto significa que nenhum beneficiário deixará de ser atendido se precisar ir urgentemente buscar atendimento médico nos hospitais que atendem o Planserv. “A gente salva as pessoas todos os dias e paga todos estes atendimentos mesmo quando eles excedem o orçamento destinado àquela unidade”, ressaltou a coordenadora geral do Planserv, Socorro Brito.

Foto: Feija?o Almeida/GOVBA

O mesmo acontece para as consultas médicas de todas as especialidades que são solicitadas e agendadas em consultórios, clínicas e hospitais, a partir da necessidade do servidor público estadual. Ela explicou que não há impedimentos de agendamento do atendimento médico especializado por conta do orçamento público, mesmo que ultrapasse o limite de 12 consultas ao ano.

“Às vezes as pessoas reclamam que só conseguem marcar uma consulta para dali a dois meses ou mais, mas essa limitação é da agenda do profissional médico ou do prestador de serviço, e não do Planserv”, explicou Brito, acrescentando que o paciente pode conseguir uma consulta mais rápida em outra unidade médica credenciada se não quiser esperar. Ela orientou que as pessoas baixem o aplicativo do Planserv e deem uma navegada em todos os lugares que oferecem o mesmo serviço que está sendo buscado sempre em uma só clínica.

Hospital de Brotas amplia serviços do Planserv e facilita acesso a atendimentos médicos

Segundo ela, o beneficiário pode ser atendido em quantos médicos necessitar dentro da rede credenciada por ano, não há impedimentos para isso. E para os que sofrem de doenças crônicas e precisam de um número maior de exames, procedimentos e consultas acima da quantidade anual coberta, é só entrar em contato gratuitamente com a Central de Relacionamento do Planserv através do número 0800 056 6066, a qualquer hora do dia e da noite, para comunicar a sua doença que ficará isento do pagamento da taxa de coparticipação devida.

Atualmente, é cobrada uma taxa de R$ 10 para consultas acima de 12 anuais, exames de laboratório acima de 30 e demais exames acima de oito, mas limitada a R$ 30 por pessoa pelo total de procedimentos excedentes. Socorro explica que os valores são módicos em comparação aos planos de saúde privados que existem no país, porque o Planserv é subsidiado pelo governo do estado.

Novidades

Brito anunciou que iniciativas estão sendo tomadas para a construção de um hospital exclusivo para os atendimentos de pediatria e neonatologia, que possuem uma demanda crescente dos usuários. Atualmente, estes atendimentos em Salvador são concentrados no Hospital Santa Izabel e no Hospital de Brotas.

Em relação a este último, exclusivo para os atendimentos do Planserv, ela informou que foi inaugurado o atendimento 24 horas para os casos de urgência e emergência pediátrica, e que oferecerá em dois meses também o serviço de Hemodinâmica, que investiga o funcionamento do sistema cardiovascular e realiza procedimentos para diagnosticar e tratar doenças cardiológicas, neurológicas e endovasculares.

A coordenadora comentou a grande adesão dos servidores de todo o Estado às teleconsultas, inclusive para os atendimentos emergenciais. “É mais fácil e rápido ter acesso a um teleatendimento do que a uma consulta presencial. A telemedicina solucionou a dificuldade que o estado tem de encontrar algumas especialidades médicas nos municípios do interior da Bahia”, comemorou ela.

Comente primeiro

Feira Saúde Mais perto completa dois anos com marca de 900 mil atendimentos.

Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab

Com a marca de mais de 900 mil atendimentos, o programa Feira Saúde Mais Perto completa dois anos nesta segunda-feira (27). Iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) em parceria com as Voluntárias Sociais do Estado (VSBA), a ação, que teve sua primeira edição realizada no bairro de Paripe, em Salvador, já levou serviços de saúde e cidadania a 104 municípios baianos. Essas feiras oferecem consultas, exames e orientações a quem mais precisa, fortalecendo a prevenção e a promoção da saúde.

Nas Feiras de Saúde são disponibilizados exames como ultrassonografia, eletrocardiograma, laboratório de coleta, preventivo e mamografia. São também ofertadas consultas com nutricionista, médico oftalmologista, com realização de cirurgias de catarata e limpeza da lente para cirurgiados de catarata, e com médico cirurgião. “Sempre que disponibilizamos a consulta com um cirurgião, já encaminhamos o paciente para realizar o seu procedimento. Ele já sai da Feira com a data marcada para histerectomia, ou cirurgia de vesícula, ou ainda para hérnia umbilical, epigástrica e inguinal”, destaca o coordenador do programa, Edvaldo Gomes.

Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab

Na ação, a população ainda tem acesso à consulta com odontólogos, com oferta de tratamento bucal completo. Na área de cidadania, no SAC Móvel, é possível a emissão da primeira e da segunda via da carteira de identidade e de antecedentes criminais.

“O Governo do Estado vem mostrando na prática como se faz uma saúde que dá dignidade ao povo baiano, com atendimento de qualidade e com agilidade. A Feira Saúde Mais Perto é uma iniciativa que deu muito certo em 2023 e 2024 e ampliamos neste ano para atender ao maior número de pessoas em toda a Bahia”, afirma a Secretária da Saúde do Estado, revelando que em 2025, devem ser realizadas mais de 60 edições, contemplando todas as regiões da Bahia.

Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab

Realizada no Pelourinho, em Salvador, a última Feira Saúde Mais Perto beneficiou cerca de 600 pessoas. Durante quatro dias, de 22 a 25 de janeiro, a população teve acesso a diversos procedimentos de saúde bucal.

Fonte: Ascom/Sesab

Comente primeiro

Proposta de medicamentos sem receita em supermercados gera polêmica.

A proposta de permitir a venda de medicamentos sem prescrição em supermercados tem gerado polêmica. Recentemente, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou uma nota com propostas encaminhadas ao governo federal para enfrentar os desafios econômicos do Brasil. Entre as sugestões, destaca-se a reestruturação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), com a Caixa Econômica Federal, o que poderia resultar em uma economia anual de R$ 10 bilhões.

Além disso, a Abras propôs a liberação da venda de medicamentos isentos de receita em supermercados, alegando que isso poderia levar a uma redução de até 35% nos preços. Outras propostas incluem a modernização do sistema de validade dos produtos e a redução do prazo de reembolso dos cartões de crédito.

A Abras defende que essas medidas buscam aliviar o custo de vida das famílias brasileiras, promover o emprego, garantir a segurança alimentar, estimular a recuperação econômica e fortalecer o setor varejista no país.

No entanto, a proposta dividiu a opinião da população baiana. Márcio Costa, por exemplo, considera arriscada a venda de medicamentos em supermercados. Ele argumenta que a venda indiscriminada pode resultar na compra de medicamentos por pessoas sem conhecimento adequado para usá-los. “Dependendo do estabelecimento, até menores podem acabar comprando sem saber como usá-los corretamente”, comentou.

Costa também questiona a falta de orientação adequada: “Quem vai esclarecer as dúvidas dos consumidores sobre os medicamentos, caso não haja farmacêuticos nos supermercados?”, indagou.

Por outro lado, Jaciara Santana, administradora, vê a proposta com outros olhos. Ela acredita que a venda de medicamentos em supermercados oferece praticidade para o consumidor. “No dia a dia corrido, é bom poder resolver tudo em um só lugar. Eu, por exemplo, sempre preciso de um analgésico e, com essa possibilidade, poderia comprar tudo o que preciso de uma vez”, explicou.

A ABRAS, por sua vez, enfatizou que todos os medicamentos no Brasil são supervisionados por farmacêuticos e que o respeito por esses profissionais é fundamental. A proposta inclui a contratação de farmacêuticos nos supermercados para esclarecer dúvidas dos consumidores, de forma similar ao modelo utilizado pelas farmácias nas vendas online.

A associação também afirmou que a intenção é reduzir os preços dos medicamentos. De acordo com um estudo da Nielsen citado pela Folha de São Paulo, durante o período em que os supermercados puderam vender medicamentos isentos de receita, os preços caíram até 35%, beneficiando os consumidores.

A resposta da ABRAFARMA, no entanto, foi crítica. A associação questiona o tom agressivo da ABRAS, principalmente por considerar que hoje muitas farmácias já

comercializam produtos, incluindo medicamentos, em suas plataformas online e realizam entregas. A ABRAFARMA também levanta o questionamento: “Por que as farmácias podem vender medicamentos online sem receita, e os supermercados não poderiam fazer o mesmo de forma presencial?”

Nos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália, Canadá e Suíça, a venda de medicamentos isentos de prescrição nos supermercados já é uma prática estabelecida há muitos anos.

A ABRAFARMA, em nota, se posicionou contra a medida, destacando que a venda de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) representa cerca de 30% das vendas das farmácias. A associação argumenta que essa medida teria um impacto econômico negativo sobre o setor farmacêutico, afetando desde grandes redes até pequenas farmácias.

A ABRAFARMA também ressalta que o setor farmacêutico brasileiro gera cerca de 2 milhões de empregos diretos e está presente em 99% das cidades do país. A liberação dos MIPs nos supermercados, segundo a ABRAFARMA, poderia prejudicar o equilíbrio econômico de um setor já estabelecido e bem respeitado no Brasil.

A associação destaca que as farmácias enfrentam custos elevados em sua operação, como aluguel, salários e estoque. O receio é de que a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados leve a um aumento no preço dos medicamentos com receita, prejudicando principalmente as populações mais vulneráveis.

Outro ponto levantado pela ABRAFARMA é que, embora os MIPs sejam geralmente seguros, eles podem mascarar sintomas e gerar riscos. A ABRAFARMA questiona quem será responsável por esclarecer as dúvidas dos consumidores nos supermercados, dado que muitas vezes os clientes têm dúvidas sobre o uso adequado dos produtos. Exemplos incluem: “Esse analgésico pode ser dado para uma criança?” ou “Posso dirigir após usar esse relaxante muscular?”.

Além disso, a ABRAFARMA alerta que, ao mascarar sintomas, o uso indevido de medicamentos pode agravar condições de saúde, como hipertensão, levando a complicações graves, como AVC, infarto e doenças renais, que acabam resultando em custos mais altos para o sistema de saúde no futuro.

A associação também se baseia em evidências científicas de estudos que apontam os perigos da venda indiscriminada de MIPs, como a automedicação, que pode resultar no agravamento de doenças crônicas. Países como Austrália e França, por exemplo, impuseram restrições às vendas desses produtos em autosserviço.

Em relação ao argumento de que os supermercados venderiam medicamentos 35% mais baratos, a ABRAFARMA refuta essa alegação, destacando que, em muitos casos, supermercados vendem medicamentos a preços mais elevados do que as farmácias. A associação ainda questiona por que itens como fraldas e cotonetes, que são vendidos em supermercados, não têm preços mais acessíveis.

A ABRAFARMA vê com preocupação as declarações feitas pelo governo, em especial pelo presidente Lula, que falou sobre sua busca por uma “marca” que represente um

legado da gestão do Ministério da Saúde. Para a ABRAFARMA, permitir a venda de medicamentos nos supermercados pode representar um retrocesso na política de saúde pública, aumentando a automedicação e prejudicando a população com doenças crônicas.

Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

Comente primeiro