Prefeitura de Ilhéus realiza Mutirão de Angiologia.

Neste sábado (18), foi realizado um Mutirão de Saúde na Policlínica Municipal de Ilhéus. Os atendimentos aconteceram na especialidade de angiologia. A ação teve o objetivo de identificar, prevenir e tratar problemas relacionados à circulação sanguínea, como varizes, tromboses e outros distúrbios vasculares, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

Cerca de 80 pessoas foram atendidas por ordem de chegada. Elas aguardavam por esse tipo de atendimento na fila da regulação do município. O mutirão contou a parceria dos médicos cirurgiões vasculares e angiologistas, Dra. Ana Paula Simões e Dr. José Roberto. Os profissionais falaram da importância dessa ação e do prazer que sentiram em ajudar a população. Eles relataram a recorrência de casos de úlceras crônicas, varizes de grosso calibre e normalmente com histórico de mal tratamento. “O paciente vascular precisa ter um cuidado maior, uma investigação mais precisa”, explica Dra. Ana Paula.

Uma das pacientes, a empreendedora Saionara Barreto, disse que resolveu participar do mutirão de angiologia porque os exames e consultas estão sendo marcados com muita dificuldade. Já o aposentado Antônio Carlos comentou que o povo precisava desse tipo de serviço devido à precariedade que foi deixada a saúde em Ilhéus.

Esse é o primeiro mutirão de saúde realizado pela secretaria municipal de saúde de Ilhéus em 2025. Sonilda Mello, secretária de saúde comentou que essa especialidade médica tem uma demanda alta e estava reprimida na central de regulação do município. “Não vamos parar por aqui, virão outros mutirões porque a população merecer ser atendida com humanização, dignidade, e vamos realmente reconstruir a saúde do nosso município”, finalizou Sonilda.

Por Ascom Sesau

Comente primeiro

Materno-Infantil de Ilhéus utiliza a Língua Brasileira de Sinais para auxiliar mãe que possui deficiência auditiva.

Há 10 dias a manicure e cabeleireira Genildes Santana de Jesus, de 30 anos, passa a maior parte do tempo na UTI Neonatal do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, acompanhando a evolução da pequena Keila, sua primeira filha, que nasceu prematura. Genilde possui deficiência auditiva. Desde a chegada à UTI ela conta com o apoio do enfermeiro Mateus Alves, que vem lhe mantendo informada sobre a evolução do quadro da filha e oferecendo orientações sobre a melhor posição para amamentação. “Doía muito ao amamentar. Ela se queixava demais”, lembra o enfermeiro. Em comum acordo com a equipe, a puérpera passou a usar marcadores para posicionamento e pontos para o bebê abocanhar. Usando a Língua Brasileira de Sinais – e trocando informações – os profissionais encontraram a posição correta para a criança e mais confortável para a mãe.

A mãe de Genildes conta que durante a gestação, uma das maiores preocupações da filha era justamente como deveria – e poderia – se posicionar e estabelecer diálogos com os profissionais do hospital quando chegasse a hora do parto. Mas Ivanildes lembra que, tempos atrás, ao precisar passar 13 dias com ela internada na unidade, foi possível perceber que não haveria motivo algum para tamanha insegurança. “Me senti feliz, à vontade. O tempo todo ela foi bem cuidada aqui”. Surda desde o nascimento, Genildes estudou numa escola tradicional. “Ela foi oralizada, o que aprendeu foi sem uso de sinais. Por isso, os contatos feitos são classificadores, como a gente chama em libras, para facilitar o contato com a língua gestual”, explica o enfermeiro.

*Especialista*

O primeiro contato de Mateus com a Libras foi no contexto religioso. A igreja que frequenta trabalha com tradução e interpretação da língua de sinais. Técnico de enfermagem durante nove anos e há pouco mais de três graduado em Enfermagem pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) ele também fez uma pós-graduação em linguagem de sinais e formações na área da saúde. “A libra é uma língua. Porém, se difere nos contextos usados. O da saúde, por exemplo, é muito específico. Você precisa se aprofundar onde vai atuar”, assegura.

Para Mateus, esse acolhimento feito a Genildes é um passo importante que o Hospital Materno-Infantil dá para valorizar ainda mais a sua política de humanização. “Muitas vezes a gente apaga a pessoa surda e ouve apenas a pessoa que está intermediando. Termina o sujeito mais interessado no debate, não estabelecendo a sua própria comunicação e fica em segundo plano. Você perde a questão da individualidade, do sigilo, porque você transfere essa responsabilidade para quem não está diretamente vivenciando a história. Faço esse trabalho para garantir à pessoa surda o direito que ela tem a acessibilidade”, assegura.

*Salvar vidas*

O enfermeiro lembra que existe um Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional determinando que todas as unidades hospitalares públicas do País devam ter tradutor à disposição do paciente. “A doença se expressa muito mais na comunicação em que ela estabelece. Expressar o que a pessoa que possui deficiência auditiva sente é extremamente valoroso e pode salvar vidas”, afirma Mateus. “Em nosso caso, as famílias estão presentes, dentro da unidade neonatal, mas elas querem algo mais. Querem a aproximação, participar do cuidado e falar sobre. Temos que dar direito a mãe participar”, assegura.

A direção do hospital já estuda a ampliação deste trabalho, assegurando a utilização da Língua Brasileira de Sinais nos principais setores da instituição. Desde a recepção, que é a porta de entrada dos pacientes, passando por maqueiros, seguranças, técnicos e enfermeiros, com quem são estabelecidos os primeiros contatos ao chegar na unidade. O Núcleo de Educação Permanente já elabora um calendário do curso, que será iniciado ainda neste primeiro semestre de 2025.

*Referência*

Única maternidade 100 por cento SUS do sul da Bahia, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio foi inaugurado em dezembro de 2021 pelo Governo da Bahia. Desde então, é administrada pela Fundação Estatal Saúde da Família. Possui 105 leitos para obstetrícia, partos normal e de alto risco, pediatria clínica, UTIs pediátrica e Neonatal e já ultrapassou a marca de nove mil bebês nascidos na unidade. É, também, a única unidade hospitalar do estado especializada no atendimento aos Povos Indígenas do estado.

Comente primeiro

Prefeitura de Ilhéus promove Mutirão de Saúde na área de Angiologia neste sábado (18)

A Prefeitura de Ilhéus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, convida a população para participar do Mutirão de Saúde de Angiologia, marcado para este sábado, 18 de janeiro, das 08h às 16h, na Policlínica Municipal de Ilhéus, Avenida Vereador Marcos Paiva, bairro Cidade Nova.

O evento é uma oportunidade única para quem deseja cuidar da saúde vascular, contando com atendimento especializado e acolhedor. A ação tem como objetivo identificar, prevenir e tratar problemas relacionados à circulação sanguínea, como varizes, tromboses e outros distúrbios vasculares, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população:

“Precisamos diminuir a fila imensa de pessoas que estão esperando esse serviço em Ilhéus, como pessoas com pé diabético, feridas de veias varicosas e problemas circulatórios. Serão 80 atendimentos, priorizando essas pessoas que aguardam na fila”, afirma Sonilda Mello, secretária de saúde.

O mutirão será realizado em parceria com a cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Ana Paula Simões. A médica comentou a importância de participar da iniciativa:

“Como ilheense, considero de suma importância contribuir para o crescimento da minha cidade. E este mutirão tem por objetivo cuidar dos pacientes com doenças vasculares crônicas, que podem apresentar problemas graves quando não tratadas por um profissional habilitado. Sendo assim, como cirurgiã vascular me prontifico a fazer esse atendimento em prol da melhoria da saúde da população”, disse.

O mutirão contará com consultas com médicos angiologistas, orientações sobre cuidados com a saúde vascular, e encaminhamentos para exames e tratamentos, caso necessário.

O atendimento será por ordem de chegada, e é importante que os interessados levem documentos pessoais, cartão do SUS, e se possível relatórios médicos ou exames anteriores relacionados à saúde vascular.

Comente primeiro